Temer a morte? Não, não faz sentido.
Por que a morte me amedrontaria?
Pois mais assustadora é a vida
E os desafios dela a cada dia.
No fim das contas ambas se misturam
Numa teia, numa só estrutura.
E o que é viver senão morrer aos poucos?
Um vulto, um vento, um volátil gás.
A flor que aflora e faz-se fascinante
É a mesma que fenece e se desfaz.
E o que é a morte senão nascimento?
Um salto, um giro, um tiro, um novo ciclo.
Pois, enterrando o grão de uma semente,
Estamos no começo e não no fim.
(01,05,2008)
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