Ser na vida, esta selva, borboleta.
A delicadeza que suporta agruras.
Tão vistosa, às vezes tão discreta,
Que encanta no seu voo de asas rútilas.
Ela ensina a arte da mudança.
"Fui lagarta, casulo e agora eis-me".
Sabe ser invisível camuflando-se;
Sabe atrair a si olhar alheio.
Já fincou seus pés nas folhas em lagarta
E isolou-se em casulo a reciclar-se.
Hoje voa, manuseia a liberdade.
Como podem asas de papel, tão finas,
Enfrentarem os ventos desta vida?
Quanta força em ti, ser, oh se confina!
(22,01,2005)
(Quadra inspirada no soneto anterior)
Como podem asas de papel, tão finas,
Enfrentarem os ventos deste mundo?
Borboleta é um ser que nos ensina
a delicadeza que resiste a tudo.
(14,08,2020)
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