O implante do chip deve ser totalmente automatizado, feito por um robô com precisão milimétrica. |
Neuralink e a mente humana: a fronteira final
O poder do pensamento em Star Trek
Bacana
ele disse: "Tenho vício.
Posso fumar um tabaco?"
Respondi: "Tá, Baco".
Expansão
criei um grande vazio dentro de mim.
É desconfortável sair do mundo pequeno
da consciência acostumada ao conformismo.
Pensar além do comum é dar um salto no abismo.
Mas agora tenho todo esse novo mundo,
esse latifúndio,
para cultivar.
(21,08,20)
Incompleto
A importância da segurança social
Ora, o Estado conceder uma renda para os mais pobres não resolve totalmente o problema deles e da sociedade. Primeiro porque isso gera um déficit. Esse dinheiro da assistência tem de vir de algum lugar, no caso, da arrecadação de impostos. É uma solução que traz custos ao cofre público, a saber, o dinheiro arrecadado de toda a população.
O exemplo da invalidez, porém, é o caso mais extremo e óbvio da necessidade da segurança social. É preciso entender a sociedade como um organismo complexo e uma teia de inter-relações entre as pessoas. As causas da pobreza são diversas e há muito o que se debater sobre elas, mas o que se pode afirmar com certeza é que a pobreza não é a condição ideal para a vida de qualquer pessoa.
O Estado surgiu como uma ferramenta coletiva com o propósito de melhorar a vida de seu povo. O Estado existe para o povo, não o povo para o Estado. Logo, reduzir a pobreza é uma das missões básicas dessa instituição. A pobreza não afeta apenas os pobres, mas toda a sociedade, direta ou indiretamente.
Em uma sociedade, a prosperidade de seus indivíduos traz benefícios a todos. Pessoas prósperas têm acesso a melhores condições de educação e profissionalização, suprindo a sociedade e o mercado com profissionais de nível superior; também com a prosperidade aumenta o consumo, movimentando a economia, consequentemente gerando mais renda e empregos.
É um ciclo vicioso. A prosperidade dos indivíduos em uma sociedade promove a prosperidade de toda a sociedade. Obviamente, não estamos falando aqui da prosperidade alcançada pelo roubo e corrupção, pois esta aleija o bom funcionamento da sociedade e causa prejuízos.
O Estado, portanto, pode ser um catalizador dessa prosperidade, dando um fôlego econômico aos mais pobres para que melhorem de vida. De fato existem pessoas mesquinhas que desejam que os pobres continuem pobres, mas isto é uma visão egocêntrica e estúpida do funcionamento da sociedade, pois sequer percebem que o mundo será melhor para todos se todos prosperarem.
DualSense e a experiência táctil de jogos
Spiritfarer: navegação, coleta, crafting e abraços
Mundo das ideias
E, por um minuto, quase despertei.
E onde estaria eu hoje se, acaso,
Tivesse aberto meus olhos pra ver?
Será que nós somos, porventura, deuses?
Será que os vermes são nossos senhores?
Pois todos fadados estamos a ter
Toda nossa obra reduzida a lodo.
Sim, nós somos deuses, pois mundos criamos
E imaginamos muitas fantasias,
Então vem o verme e destrói nossos planos,
Mas é um engano pensar que é o fim.
Pois o pensamento, uma vez concebido,
Não morre enquanto existirem ouvidos.
(23,05,2008)
A extinção do BV em A Barraca do Beijo
Um dos grandes dramas e desejos dos adolescentes, em sua aventura de iniciação nos relacionamentos amorosos, é a necessidade de beijar na boca. Isso é tão big deal que existe até termo para quem ainda não beijou, o BV (boca virgem). É pra isso, então, que foi inventada a barraca do beijo.
Quando Elle se apaixona pelo irmão gostosão de Lee, o Noah (Jacob Elordi, que acabou namorando de verdade a Joey King), é que fica claro como as regras da dupla são draconianas, pois a menina ficou sofrendo e namorando escondida, já que era uma das regras que eles não podiam namorar parentes.
Vida e morte
Por que a morte me amedrontaria?
Pois mais assustadora é a vida
E os desafios dela a cada dia.
No fim das contas ambas se misturam
Numa teia, numa só estrutura.
E o que é viver senão morrer aos poucos?
Um vulto, um vento, um volátil gás.
A flor que aflora e faz-se fascinante
É a mesma que fenece e se desfaz.
E o que é a morte senão nascimento?
Um salto, um giro, um tiro, um novo ciclo.
Pois, enterrando o grão de uma semente,
Estamos no começo e não no fim.
(01,05,2008)
Ausente
A paz me abandonava, enquanto anoitecia.
E assim, após uns dias felizes e de festa,
A existência muda e só vazio resta.
Ser desprezado é algo que faz a noite logo
Aparecer no alto do céu e nem mil fogos
Nos bastam pra trazer a luz que é preciso
Pra compensar a falta da luz de um sorriso.
Mas meu modo de ver a vida é um paradoxo,
Pois nos dias amargos, com otimismo adoço
Um pouco este vazio, até que se dilua;
E a noite fica linda quando aparece a lua.
Então curto a tristeza, mas depois digo: "É hora.
Bebi fel à tua mesa, mas chega. Vou-me embora".
(03,03,2005)
Sopa de letras
Quantos enes tem
Em instantaneamente?
Hein?
Ei, vocês, venham.
Quantos és veem
Neste termo:
Veementemente?
Já viste
Inseto isento de incentivo
Ou ave alpina sem alpiste?
Vi tantos is
Em ininteligíveis
Que me esgotei vesgo.
(22,01,2005)
Borboleta
A delicadeza que suporta agruras.
Tão vistosa, às vezes tão discreta,
Que encanta no seu voo de asas rútilas.
Ela ensina a arte da mudança.
"Fui lagarta, casulo e agora eis-me".
Sabe ser invisível camuflando-se;
Sabe atrair a si olhar alheio.
Já fincou seus pés nas folhas em lagarta
E isolou-se em casulo a reciclar-se.
Hoje voa, manuseia a liberdade.
Como podem asas de papel, tão finas,
Enfrentarem os ventos desta vida?
Quanta força em ti, ser, oh se confina!
(22,01,2005)
(Quadra inspirada no soneto anterior)
Como podem asas de papel, tão finas,
Enfrentarem os ventos deste mundo?
Borboleta é um ser que nos ensina
a delicadeza que resiste a tudo.
(14,08,2020)
A sequoia e o bonsai
Sequoia: alta, larga, firme, forte.
Bonsai: pequeno, flébil, delicado.
São árvores de diferentes portes,
Mas ambas deixam-nos impressionados.
Se colocarmos elas lado a lado
Notar-se-á que são forças distintas:
Sequoia lembra um robusto soldado,
Bonsai lembra um ponderado sofista.
E este é o segredo, esta é a pista:
Devemos ter a força da sequoia,
Como o bonsai ter mente de artista.
Isto é sabedoria, então acolhe-a.
Sê sábio, belo, simples: sê bonsai.
Sequoia sê: resistente, capaz.
(08,10,2004)
A eterna efemeridade da poesia
Meu Catecismo
se não for necessário;
me siga,
pois não vou carregá-lo;
aceite
os teus instintos;
não deixe
que eles te dominem.
(02,12,2010)
Metamorfose
tudo é transição.
Metamorfoses tácitas
torcendo a cada instante
o tecido da realidade,
as linhas da tua face.
Desde quando se nasce,
metamorfoseamo-nos.
(02,08,2020)
Ensaio sobre o racismo
Há várias camadas de racismo. A mais simples é feita de preconceitos e estereótipos culturalmente elaborados que todos nós inconscientemente adotamos. É daí que surgem as piadas de português, de japonês, etc. Todas culturas têm isso, é da natureza humana (e provavelmente não só humana) estereotipar o diferente.
Quando um dia tivermos contato com aliens, vamos elaborar estereótipos sobre eles e na certa eles sobre nós. Este tipo de julgamento que as pessoas fazem da raça, espécie, povo e cultura diferentes é natural. Não significa que não deva ser questionado ou superado pela educação.
Também este tipo de preconceito pode ter vários graus de periculosidade. Há quem considere uma piada de português ou de loira algo inofensivo e é o contexto que vai determinar. A própria loira pode fazer uma piada de si mesma do tipo: "Ah, esqueci a chave. Coisa de loira...".
Por outro lado, uma cultura ou povo pode nutrir um racismo em nível nacional que escale para estágios absurdos de agressividade, como foi o famigerado caso do nazismo. O nazismo, porém, é um exemplo anômalo nos tempos modernos, pois tratou-se de uma cultura nacional artificialmente construída por meio da educação, de livros, discursos, propaganda.
Isso é diferente da cultura espontânea que todos os povos produzem e que, na era da civilização, não costuma gerar um racismo nacional tão danoso. A rivalidade entre Brasil e Argentina, por exemplo, é uma construção cultural que foi em grande parte baseada na competição esportiva do futebol e que gera muitas piadas mútuas entre os dois povos, porém não produz guerra nem perseguição ou morte. No fundo ambos sabem que estão apenas provocando uns aos outros com uma brincadeira ácida.
(Obviamente, pode haver casos de agressões trocadas entre brasileiros e argentinos usando esse preconceito como pretexto, mas tais casos isolados se devem principalmente à personalidade dos indivíduos específicos envolvidos em tais agressões, ou seja, pessoas destemperadas, problemáticas e com tendências à psicopatia podem se envolver em discussões deste tipo).
Em eras mais antigas, os povos bárbaros de fato cultivavam valores culturais racistas e xenófobos que chegavam a níveis graves de violência e algumas das guerras da antiguidade se deram simplesmente por este motivo, mas enfim a chamada era da civilização (iniciada com a filosofia grega, expandindo-se com a política romana com o boost da moral judaico-cristã e modernamente reformulada pelo iluminismo) refreou tais barbaridades, embora, ainda hoje, elas existam e resistam em determinados povos.
Então falemos de uma segunda camada de racismo, esta sim mais racional: o racismo ideológico. Diferente do racismo cultural, que é irracional, inconsciente, não intencional, acidental, o ideológico é planejado, pensado, intencional.
Pessoas se debruçaram sobre o tema e desenvolveram uma visão de mundo, construindo preconceitos com algum propósito, seja depreciar um povo e enaltecer outro, justificar inimizades, castas e status ou mesmo promover o caos social intencionalmente plantando sentimentos racistas nas diversas camadas da sociedade a fim de gerar animosidades e rachar a delicada estrutura da convivência social.
Nesta camada entra o exemplo já citado do nazismo, cujo racismo foi racionalmente construído a fim de favorecer uma agenda política. Outras ideologias e religiões, antigas e modernas, têm seus casos de pensadores, teólogos e políticos que promoveram dolosamente e deliberadamente ideias racistas.
Por fim, existe uma terceira camada, novamente irracional e inconsciente: a da psicopatia pura e simples. Certos indivíduos apresentam comportamentos racistas brutais e injustificáveis. Agridem o alvo de seu ódio racial por mero impulso e sentimentos sombrios sem uma explicação clara.
Tais pessoas podem ter desenvolvido estes sentimentos como fruto de traumas, educação disfuncional ou problemas neurológicos, cognitivos, afetivos, desenvolvimento sórdido do caráter, etc. É o racismo enquanto loucura.
O salto do SN5
Elon Musk é o primeiro cara a concretamente empreender o projeto de enviar um foguete com tripulação humana para Marte e ele não está perdendo tempo. Esta semana o mundo testemunhou o teste de decolagem do enorme e gordo foguete SN5, parte do projeto Starship da companhia SpaceX.
A navegação espacial começou no século passado e tem sido até então liderada por uma instituição governamental, a NASA. Foi ela que primeiro e diversas vezes enviou o homem à Lua. Agora parece que a iniciativa privada pouco a pouco começa a assumir o protagonismo dessa empreitada e promete ser a responsável pelo envio do homem a Marte.
De certa forma é uma tendência natural que projetos científicos iniciados por instituições estatais acabem se expandindo em grandes proporções por meio da atividade capitalista. O melhor exemplo disso é a internet, que começou como um projeto militar chamado ARPANET e depois que virou um negócio rentável se multiplicou na complexa rede que hoje todos nós usamos.
A promessa da SpaceX é tornar a astronáutica um negócio acessível a civis, literalmente inaugurando o turismo espacial. A princípio, o robusto foguete poderá ser usado para orbitar e mesmo pousar na Lua, levando grande volume de cargas para construção e manutenção de bases, mas a longo prazo o grande objetivo é levar humanos até Marte, construir bases e colonizar o nosso planeta vizinho.
No teste dessa semana, o monstrão saiu do solo e subiu por 150 metros, retornando e pousando em segurança. Foi um pequeno salto para um foguete, mas o primeiro passo de uma futura jornada interplanetária.
Frostpunk, um jogo de civilização pós-apocalíptico
Untitled Goose Game, o ganso do capeta
Everybody hates the goose. |