Qaligrafia
Séries, livros, games, filmes e eteceteras 🧙‍♂️

Submerged e outros jogos de exploração

Eis aqui alguns joguinhos que experimentei e que são focados no próprio cenário, ou seja, você deve explorar o ambiente, descobrir coisas, animais, mistérios. Estes jogos costumam ter um clima relaxante, sem combates ou grandes perigos. A diversão está em apreciar os cenários, coletar itens, etc.

Subnautica (2014)

Subnautica (2014) tem um cenário rico e belo, cheio de vida submarina. É preciso um PC robusto para rodar esses gráficos, já no console ele roda tranquilo, embora demore bastante para carregar na inicialização. Do ponto de vista estético, é ótimo, até a qualidade gráfica da água (que se nota na espuma e reflexos da superfície) é de primeira, mas a jogabilidade no início é um pouco desanimadora, pois o inventário e o estoque de oxigênio são bem pequenos e você precisa ficar frequentemente subindo na superfície e voltando à base para esvaziar o inventário. Isso corta o prazer de passar um bom tempo explorando o fundo do mar.

Submerged (2015)

Submerged (2015) é um joguinho de pura exploração em terceira pessoa. Não há combate nem risco de morte ou qualquer perigo. Você é a garotinha Miku e precisa achar suprimentos pra cuidar do seu irmão Taku (é, os nomes não são dos melhores), então você sai num barquinho explorando esse mundo aquático pós-apocalíptico.

Além dos suprimentos, você encontra fragmentos da história do local, observa animais, coleta peças pro barco, etc. Tudo isso rende conquistas e se você for do tipo que gosta de colecionar conquistas (como eu), tem que esmiuçar cada cantinho do mapa. 

Submerged (2015)

Isso pode ser bem entediante para quem espera algum tipo de ação e interação, mas o jogo é de fato voltado para quem gosta especificamente de vasculhar o mapa, tanto que a única ferramenta da personagem é um telescópio que ajuda a spotar, ou seja, identificar e marcar itens no mapa a fim de você ir até lá recolher. Esse telescópio realmente facilita bastante a tarefa de exploração e você deve usar a todo momento dando uma varredura panorâmica pelo cenário.

Não posso dizer que é um jogo supimpa, mas proporciona algumas horas de passeio e pode ser zerado rapidamente, até mesmo numa sentada, se você for direto aos objetivos principais. O grande ponto positivo é a jogabilidade bastante intuitiva. Não é necessário tutorial, a aprendizagem dos movimentos e ações da personagem é instantânea e os locais por onde você deve escalar nos prédios não chegam a ser labirínticos.

Firewatch (2016)

Em Firewatch (2016) a exploração é em primeira pessoa. Você é um guarda florestal na selva de Wyoming e conversa pelo rádio com uma mulher, além de cumprir missões que envolvem explorar o local e desvendar mistérios de modo que uma história vai se desenrolando.

Firewatch (2016)

O cenário florestal é bem agradável. Você atravessa rios, escala montanhas, adentra em cavernas. É um prato cheio para quem curte o gênero. Também existe um elemento de choices matter, de modo que as suas escolhas vão orientando a história e mesmo o relacionamento entre os personagens.

Abzu (2016)

Abzu (2016) apresenta um rico ecossistema submarino e é um jogo de pura exploração, nadando para lá e para cá. Todavia, é pessimamente otimizado e possui uma queda de FPS muito forte, tornando impossível jogar em computadores mais modestos.

Kona (2016)

Kona (2016) possui a exploração mais voltada à investigação de um mistério, pois logo no início seu personagem encontra um cadáver. Então você irá dirigir uma caminhonete na neve, parando em determinados locais e coletando itens, lendo documentos, enfim, investigando.

O jogo é anunciado como sendo do gênero de horror, mas não tem jumpscares nem monstros ou grandes perigos. É algo relativamente tranquilo, dando bastante tempo para você vasculhar as casas e resolver alguns puzzles, mas quando está em ambiente aberto deve ter cuidado com a hipotermia.

Rime (2017)

Rime (2017) tem um visual agradável e uma ambientação de tranquilidade e solitude. É um jogo para momentos em que você quer apenas explorar e resolver uns puzzles, nada de combates ou perigos. Os puzzles são bastante intuitivos, bem como os caminhos que você deve percorrer no mapa. Dependendo do seu estado de espírito, o jogo pode ser relaxante ou entediante.

What Remains of Edith Finch (2017)

Em What Remains of Edith Finch (2017) você faz uma exploração diferente. Não vasculha cavernas, florestas e oceanos, mas uma casa e vai descobrindo histórias, as vidas dos membros da família de Edith, suas histórias pitorescas e muitas vezes trágicas. A casa é ricamente decorada, atulhada de livros e cheia de lembranças. É um jogo com uma proposta bem interessante.

Beasts of Maravilla Island (2021)

Beasts of Maravilla Island (2021) tem uma proposta bem legal pra quem curte exploração, pois o jogo consiste literalmente em explorar um ecossistema de uma ilha, fotografando e catalogando a fauna e flora. Você tem um diário em que vai colecionando as fotos e à medida em que explora também as páginas vão ganhando desenhos e notas escritas pela protagonista.

O que quebra um pouco a graça do jogo é que o visual não é dos melhores. A ideia é você ficar maravilhado com um mundo cheio de criaturas fantásticas, mas os gráficos são meio "massinha de modelar", algo comum em jogos indie.

Palavras-chave:

Nenhum comentário:

Postar um comentário