Eis aqui alguns joguinhos que experimentei e que são focados no próprio cenário, ou seja, você deve explorar o ambiente, descobrir coisas, animais, mistérios. Estes jogos costumam ter um clima relaxante, sem combates ou grandes perigos. A diversão está em apreciar os cenários, coletar itens, etc.
Subnautica (2014) tem um cenário rico e belo, cheio de vida submarina. É preciso um PC robusto para rodar esses gráficos, já no console ele roda tranquilo, embora demore bastante para carregar na inicialização. Do ponto de vista estético, é ótimo, até a qualidade gráfica da água (que se nota na espuma e reflexos da superfície) é de primeira, mas a jogabilidade no início é um pouco desanimadora, pois o inventário e o estoque de oxigênio são bem pequenos e você precisa ficar frequentemente subindo na superfície e voltando à base para esvaziar o inventário. Isso corta o prazer de passar um bom tempo explorando o fundo do mar.
Submerged (2015) é um joguinho de pura exploração em terceira pessoa. Não há combate nem risco de morte ou qualquer perigo. Você é a garotinha Miku e precisa achar suprimentos pra cuidar do seu irmão Taku (é, os nomes não são dos melhores), então você sai num barquinho explorando esse mundo aquático pós-apocalíptico.
Além dos suprimentos, você encontra fragmentos da história do local, observa animais, coleta peças pro barco, etc. Tudo isso rende conquistas e se você for do tipo que gosta de colecionar conquistas (como eu), tem que esmiuçar cada cantinho do mapa.
Isso pode ser bem entediante para quem espera algum tipo de ação e interação, mas o jogo é de fato voltado para quem gosta especificamente de vasculhar o mapa, tanto que a única ferramenta da personagem é um telescópio que ajuda a spotar, ou seja, identificar e marcar itens no mapa a fim de você ir até lá recolher. Esse telescópio realmente facilita bastante a tarefa de exploração e você deve usar a todo momento dando uma varredura panorâmica pelo cenário.
Não posso dizer que é um jogo supimpa, mas proporciona algumas horas de passeio e pode ser zerado rapidamente, até mesmo numa sentada, se você for direto aos objetivos principais. O grande ponto positivo é a jogabilidade bastante intuitiva. Não é necessário tutorial, a aprendizagem dos movimentos e ações da personagem é instantânea e os locais por onde você deve escalar nos prédios não chegam a ser labirínticos.
Em Firewatch (2016) a exploração é em primeira pessoa. Você é um guarda florestal na selva de Wyoming e conversa pelo rádio com uma mulher, além de cumprir missões que envolvem explorar o local e desvendar mistérios de modo que uma história vai se desenrolando.
O cenário florestal é bem agradável. Você atravessa rios, escala montanhas, adentra em cavernas. É um prato cheio para quem curte o gênero. Também existe um elemento de choices matter, de modo que as suas escolhas vão orientando a história e mesmo o relacionamento entre os personagens.
Abzu (2016) apresenta um rico ecossistema submarino e é um jogo de pura exploração, nadando para lá e para cá. Todavia, é pessimamente otimizado e possui uma queda de FPS muito forte, tornando impossível jogar em computadores mais modestos.
Kona (2016) possui a exploração mais voltada à investigação de um mistério, pois logo no início seu personagem encontra um cadáver. Então você irá dirigir uma caminhonete na neve, parando em determinados locais e coletando itens, lendo documentos, enfim, investigando.
O jogo é anunciado como sendo do gênero de horror, mas não tem jumpscares nem monstros ou grandes perigos. É algo relativamente tranquilo, dando bastante tempo para você vasculhar as casas e resolver alguns puzzles, mas quando está em ambiente aberto deve ter cuidado com a hipotermia.
Rime (2017) tem um visual agradável e uma ambientação de tranquilidade e solitude. É um jogo para momentos em que você quer apenas explorar e resolver uns puzzles, nada de combates ou perigos. Os puzzles são bastante intuitivos, bem como os caminhos que você deve percorrer no mapa. Dependendo do seu estado de espírito, o jogo pode ser relaxante ou entediante.
Em What Remains of Edith Finch (2017) você faz uma exploração diferente. Não vasculha cavernas, florestas e oceanos, mas uma casa e vai descobrindo histórias, as vidas dos membros da família de Edith, suas histórias pitorescas e muitas vezes trágicas. A casa é ricamente decorada, atulhada de livros e cheia de lembranças. É um jogo com uma proposta bem interessante.
Beasts of Maravilla Island (2021) tem uma proposta bem legal pra quem curte exploração, pois o jogo consiste literalmente em explorar um ecossistema de uma ilha, fotografando e catalogando a fauna e flora. Você tem um diário em que vai colecionando as fotos e à medida em que explora também as páginas vão ganhando desenhos e notas escritas pela protagonista.
O que quebra um pouco a graça do jogo é que o visual não é dos melhores. A ideia é você ficar maravilhado com um mundo cheio de criaturas fantásticas, mas os gráficos são meio "massinha de modelar", algo comum em jogos indie.
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