Chistopher Nolan ficou conhecido por seus filmes mentais, filmes cabeça abordando conceitos como o tempo-espaço (Interstellar) ou o mundo dos sonhos (Inception) e até mesmo se aventurou pelo gênero de super heróis na trilogia Batman, mas dando um olhar totalmente novo, mais humanizado, mais pé no chão e verossímil e com um inteligente roteiro. É, enfim, um dos grandes diretores do cinema de massa atual.
Dunkirk (2017) me parece bem diferente do que Nolan tem feito até então. Enquanto seus grandes filmes relacionam-se com o fantástico e a ficção científica, Dunkirk é um drama histórico e esforça-se, portanto, para ser realista e documental. Obviamente ele mantém algumas de suas assinaturas, como o uso de tons azulados, frios, um filtro bem comum em seus filmes. E como sempre ele brinca com o tempo em camadas.
O tempo é um elemento essencial na obra de Nolan. Em Inception ele explora a relatividade do tempo dentro das camadas da mente, um tempo microcósmico. Em Interstellar vemos o tempo macrocósmico, gravitacional. Em Dunkirk o tempo é repartido na narração, com histórias paralelas que vão sendo contadas intercaladamente até se encontrarem no final.
No entanto, enquanto filme de guerra, do gênero dos filmes de guerra, não é tão interessante. É uma narrativa inteligente, um roteiro elegante, mas convenhamos, nesse tipo de filme a gente quer ação. Compare-se Dunkirk com Fury (2014), por exemplo, aquele belo filme cujo protagonista é um tanque (a despeito da presença do Brad Pitt e outros atores interessantes).
Dunkirk tem umas boas cenas de dog fight, aquela luta aérea de aviões que consagrou alguns pilotos fabulosos na Segunda Guerra. Além disso, o momento escolhido não tem a ver com as grandes batalhas da Segunda Guerra, mas com uma evacuação de soldados após a batalha, enfrentando a resistência moribunda, mas ainda perigosa, dos nazistas vencidos.
Dunkirk tem umas boas cenas de dog fight, aquela luta aérea de aviões que consagrou alguns pilotos fabulosos na Segunda Guerra. Além disso, o momento escolhido não tem a ver com as grandes batalhas da Segunda Guerra, mas com uma evacuação de soldados após a batalha, enfrentando a resistência moribunda, mas ainda perigosa, dos nazistas vencidos.
Enfim, não está entre os mais impressionantes trabalhos do Nolan, mas vale como um acréscimo à grande filmoteca de filmes de guerra, particularmente da tão documentada Segunda Guerra.
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