Os primeiros que desenvolveram diagramas de alinhamentos políticos eram psicólogos (Leonard Ferguson, Hans Eysenck, Milton Rokeach, etc.), depois a coisa foi focando mais em economia e ciência política, mas eu acho que um dia voltaremos a entender que o que motiva as pessoas em suas escolhas políticas é subjetivo e até emocional. A pessoa pode se identificar com bandeiras, causas, princípios, valores, mas é porque no fundo estas coisas tocam em certos sentimentos.
Uma postura que se viu em entes queridos na infância, a boa influência dos pais, também a má influência, traumas, uma experiência desagradável com um casamento ou com colegas na escola que representavam certos estereótipos, até mesmo um filme ou livro ou personagem fictício que o marcou profundamente e construiu um alicerce afetivo para as suas opiniões racionais.
Como não somos máquinas, não aprendemos as coisas de forma puramente lógica, existe esta camada bem na base do aprendizado que é afetiva. E quando se trata de política, a influência dos afetos é bem clara, uma vez que não raro as pessoas debatem este assunto no nível da paixão, rapidamente saem da argumentação lógica para um estado mais sentimental. E isso é normal, sempre será assim, justamente porque política possui uma parte impregnada de psicologia.
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