Existem certas inovações tecnológicas que nunca vão se tornar o padrão dos jogos por um motivo simples: as limitações humanas. Este é o caso de toda tecnologia imersiva que envolve o uso do corpo.
Tentativas de se criar jogos eletrônicos que utilizem os movimentos do corpo (e não apenas das mãos com o joystick ou teclado e mouse) são bem antigas, quase tão antigas quanto os próprios games. Em 1980 a Sega já havia lançado uma pistola chamada Light Phaser que servia como controle da mira na tela em um jogo de tiro.
Assim, diferente do controle convencional, que você pode manipular apenas apertando botões e movendo setas, a pistola exige toda uma movimentação dos braços e ombros para se realizar os disparos. Era uma forma primitiva de imersão nos games. Em 1984 a Nintendo também lançou sua pistola, o Nintendo Zapper.
Assim, diferente do controle convencional, que você pode manipular apenas apertando botões e movendo setas, a pistola exige toda uma movimentação dos braços e ombros para se realizar os disparos. Era uma forma primitiva de imersão nos games. Em 1984 a Nintendo também lançou sua pistola, o Nintendo Zapper.
A grande inovação neste negócio de controles para se jogar com o corpo veio em 2006 com o Wii da Nintendo, que contava até com uma balança para sentir o peso do jogador. Por meio dos controles do Wii, era possível experimentar jogos de dança, luta, ping pong, tiro e coisas do tipo, sempre usando os movimentos do corpo para controlar o jogo.
Em 2010 a Microsoft chegou de maneira impressionante nesse ramo lançando o Kinect, um sensor de movimentos que, como o nome já diz, sentia os movimentos de todo o corpo do jogador e era assim, geralmente em pé diante do Kinect, que se realizava a interação com os jogos. Em 2017 o projeto foi encerrado. Mas como? Por que algo tão fantástico não virou um sucesso? Ora, o motivo é simples: este tipo de tecnologia não é confortável.
No filme Ready Player One, os personagens entram no mundo virtual e se movimentam nele por meio de equipamentos que sentem o movimento de seus corpos reais. Acontece que, por mais imersivo que isto seja, acabaria sendo cansativo após algumas horas. Jogar video games é como ler livros ou ver TV, obviamente com uma maior interatividade. É algo que se faz sentado ou deitado, usando somente as mãos, que são membros que podem passar longas horas se movimentando sem gastarem muita energia.
Apertar botões por horas e horas não cansa como ficar levantando os braços e as pernas, não gasta a mesma energia. Jogos que envolvem esse tipo de exercício físico serão sempre algo casual, algo pra se jogar por alguns minutos apenas. E é por isto que estes projetos que tentaram impressionar o mercado com sensores de movimentos e jogos de interação com o corpo não tiveram muito sucesso.
Apertar botões por horas e horas não cansa como ficar levantando os braços e as pernas, não gasta a mesma energia. Jogos que envolvem esse tipo de exercício físico serão sempre algo casual, algo pra se jogar por alguns minutos apenas. E é por isto que estes projetos que tentaram impressionar o mercado com sensores de movimentos e jogos de interação com o corpo não tiveram muito sucesso.
A tendência para o futuro é justamente o contrário: a maneira de se controlar os jogos deverá evoluir para algo cada vez menos físico, possivelmente até mesmo algo mental. Como? Bom, primeiro pelos sensores de movimento dos olhos, algo que já existe e permite o controle de um cursor na tela, um mouse controlado pelo olhar. Com o tempo, esta tecnologia se tornará tão complexa e intuitiva que pode substituir pra sempre teclado e mouse. Não só nos jogos, mas em qualquer atividade em um computador, vamos fazer tudo apenas olhando para a tela.
Mais adiante, há de evoluir a tecnologia que também já existe e é capaz de "ler a mente" do usuário. Aparelhos capazes de captar e interpretar as ondas cerebrais se tornarão a interface preferida para interagir com a máquina. Pode ser até um pequeno fone de ouvido com esta tecnologia embutida. Aí sim o controle dos jogos será imersivo de uma maneira totalmente psíquica.
A realidade virtual envolvendo exercícios físicos vai continuar existindo e se aprimorar, sim, mas vai ser usada como um fim em si mesma, ou seja, para a prática de exercícios físicos. Você pode fazer sua dança, sua caminhada, seu levantamento de pesos e até lutar em um ambiente virtual, exercitando seu corpo real. Mas a maioria das aplicações vai seguir o padrão de controle "telepático" e vai ser algo pra você fazer até deitado.
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