Eu tinha um certo trauma com a desenvolvedora Klei por causa de uma tortura chamada Don't Starve. Parece um joguinho ingênuo de sobrevivência, tem um visual cartunesco bem legal, mas a vida é sofrida nesse jogo. Não bastando a luta contra fome, frio, sono e feras, o personagem ainda está sempre a um passo da insanidade e do delírio.
Aí conheci Mark of the Ninja em 2016 (o jogo fora lançado em 2014). A princípio o visual dava impressão que é só mais um jogo tipo flashplayer, mas fui surpreendido com uma jogabilidade bem divertida.
O estilo é de plataforma 2D, sendo que tem um elemento incomum nesse tipo de jogo que é o stealth. Geralmente em plataformas a gente sai andando e espancando (beat and up) ou atirando (shoot and up), mas o stealth, ideal para um jogo de ninja, é muito bem trabalhado.
Há vários equipamentos e habilidades que você vai destravando, bem como estilos de luta do ninja, do mais discreto ao mais agressivo. Tem um particularmente que gostei mais que é o Path of the Nightmare. Nesse modo os inimigos ficam aterrorizados ao ver os cadáveres que você deixa no caminho e começam a atirar uns nos outros e você se sente o semeador do caos.
Agora em 2018, cinco anos depois do lançamento original, a Klei mostrou como é atenciosa com seus produtos (Don't Starve, inclusive, que é de 2013, até hoje recebe atualizações e DLCs novas) e lançou uma versão melhorada, remasterizada, e ainda deu de presente pra quem já tinha a versão antiga. Então pude ter o prazer de jogar tudo de novo, do zero, e a diversão foi a mesma que tive na primeira vez.
Nenhum comentário:
Postar um comentário