Uma coisa que eu gostava no finado Orkut (descanse em paz no Valhala dos sites) eram os fóruns. O Facebook até tem seus grupos e é possível desenvolver longas conversas e debates, mas o formato dos fóruns do Orkut era especial, permitia a formação de comunidades bem engajadas, uma turminha que estava sempre ali batendo papo.
Tinha fóruns (na terminologia orkutiana eram "comunidades") bem bobinhos e sem muito assunto. Lembro de um chamado Namastê, para simpatizantes do hinduísmo/hare-krishna e as postagens eram tipo "Deixe aqui seu namastê", aí os membros ficavam postando "namastê". Pois é, era só isso na comunidade inteira.
A maioria das comunidades era simplesmente zoeira e não tinham propósito algum a não ser fazer alguma piada no título e na foto de perfil. Inclusive a primeira comunidade que ingressei, se bem me lembro, se chamava "Tenho medo do velho da Aveia Quaker".
A maioria das comunidades era simplesmente zoeira e não tinham propósito algum a não ser fazer alguma piada no título e na foto de perfil. Inclusive a primeira comunidade que ingressei, se bem me lembro, se chamava "Tenho medo do velho da Aveia Quaker".
E tinha comunidades sobre política, religião e outros assuntos assim que rendiam muuuito assunto pra debate, debates acalorados, de várias páginas. Tinha gente que escrevia posts imensos, muito maiores que qualquer textão do Facebook. E o curioso é que tinha gente que lia. Eu lia. E também escrevia.
Eram outros tempos. Agora parece que ficamos saturados de conteúdo e a regra é a da concisão, daí qualquer coisa além dos poucos caracteres de um post no Twitter já recebe um "nem li" como resposta.
Convenhamos, se fosse hoje acho que eu não leria mesmo todos aqueles posts enormes das comunidades do Orkut. Foi uma fase de encantamento nos primórdios da internet. Mas ainda bate uma saudade.
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