Vasculhando meus velhos arquivos, acho esse poema de 2011 (mais precisamente, 13 de janeiro). O sentimento eremítico continua o mesmo.
Sumir.
Às vezes dá vontade de sumir.
Voar,
se volatilizar, se evadir.
Entrar na toca,
rolar a pedra na caverna,
fugir, correr
com toda a força das pernas.
Pular no rio
ou no vazio.
Será que a nuvem é um leito macio?
E se apenas me recolher?
No calabouço da alma deve haver
algum lugar, lá no recôndito,
onde não me achem,
onde não me encontrem.
E bem ali, lá dentro de mim
encontro o lugar que procurava enfim.
(13,11,2011)
(13,11,2011)
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