Sou uma pena.
Leve e frágil,
levada pelo vento.
Não resisto a impactos,
quebradiça, sem sustento.
E a pena, na verdade,
não importa, é a mensagem
que carrego, é a tinta em minha ponta.
É isto que vale a pena,
não apenas minha existência efêmera,
mas o tema, a ideia, a egrégora.
Levo em minha leve ponta o universo.
Levo lembranças de outrora e de além.
Não olhe o instrumento,
olhe os seus versos.
Eu sou apenas
uma pena.
(03,05,2024)
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