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Cyberpunk, um documentário de 1990

Cyberpunk, the Documentary (1990)

Em 1984, William Gibson publicou seu romance Neuromancer, uma obra visionária, ou melhor, profética. Naquela época em que os computadores não passavam de uma tela preta com caracteres e não faziam mais do que cálculos básicos e edição de texto, Gibson vislumbrou um futuro em que a humanidade teria acesso a um mundo virtual, digital, que seria possível explorar por meio de uma interface direta da mente com os computadores.

Ali surgiu o que se tornou conhecido como o gênero cyberpunk, um ramo da ficção científica que descreve um futuro em que as pessoas facilmente realizam melhorias nos próprios corpos por meio de implantes robóticos e integração do cérebro com o mundo virtual.

Neste documentário de 1990, dirigido por Marianne Trench, vemos uma entrevista com o próprio Gibson, bem como outras figuras influentes na área, como o cientista da computação Jaron Lanier e o neurocientista e escritor futurista Timothy Leary.

VR prototype in Cyberpunk, the Documentary (1990)

VR prototype in Cyberpunk, the Documentary (1990)

É curioso também observar que já naquela época existiam tecnologias de VR (Virtual Reality), uma tecnologia que só recentemente está se tornando popular principalmente no mercado de games. Pois bem, há trinta anos já havia experimentos com óculos e luvas de interação com um ambiente virtual 3D. 

Uma década antes do filme Matrix (1999), já havia hackers, cientistas e autores de ficção visualizando um futuro próximo em que teríamos uma vida dupla: a vida no mundo físico e outra em um "universo paralelo" criado pela computação, uma simulação do mundo real na qual podemos nos mover na velocidade do pensamento e que vai se tornar nosso ambiente de trabalho, lazer e convivência em boa parte de nosso tempo.

William Gibson in Cyberpunk, the Documentary (1990)

O futuro cyberpunk, vislumbrado há 30-40 anos, está chegando.

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