Into the Badlands (2015-2019) tem como roteiristas a dupla Alfred Gough e Miles Millar, mais conhecidos por terem escrito o roteiro de Spider-Man 2 (2004) e também de alguns episódios de Smallville (2001-2011). A estrela principal é o sino-americano Daniel Wu, que atuou em zilhões de filmes de artes marciais.
A ação da série, porém, não fica dependendo só do Daniel Wu. Em Into the Badlands todo mundo sai na porrada, dos protagonistas aos figurantes, e olha, todas as cenas de luta são impressionantes. O trabalho de coreografia e efeitos especiais (que misturam efeitos práticos e CGI) foi realmente bonito de se ver.
Os cenários bucólicos também fazem parte da beleza da série. |
Olha só esse escritório, olha esses raios de luz! |
Um bom exemplo da qualidade dos combates são as lutas da baronesa Viúva. Sim, pois os barões nesse mundo não ficam sentados em tronos enquanto os lacaios saem na porrada. Eles também são bons de briga, como chefões de video game. Pois bem, a baronesa dá chutes e cambalhotas trajando um vestido vitoriano e sapato alto. Ok, é uma luta bem inverossímil, mas é elegante e uma beleza de assistir.
Se tem uma coisa que essa série prezou foi a estética. É tudo muito caprichado, as roupas, a fotografia, com um belo jogo de cores vivas e um filtro que dá um tom agradável à tela. Os figurinos dos personagens e a ambientação do cenário criaram um mundo pós-apocalíptico que é uma espécie de Mad Max com artes marciais.
Eu falei que todo mundo luta nessa série, até um senhor de cadeira de rodas. |
Garbo e elegância. |
Não há armas de fogo nesse mundo, só arcos, bestas, espadas e diversas armas brancas. O que restou da humanidade vive em feudos governados por barões e há todo um sistema militar com guerreiros a serviço dos barões, sendo seus membros mais poderosos os clippers, que são como samurais modernos.
Para apimentar ainda mais os combates, existem pessoas com um superpoder místico que aumenta sua força e habilidade. Outro elemento interessante é a violência explícita que chega ao nível do gore em certas cenas. Pra quem gosta de lutas sangrentas, esta série é um prato cheio. Tem fraturas expostas, empalamentos, cabeças rolando, litros e mais litros de sangue cenográfico pra dar inveja ao Tarantino.
O vilão mais carismático da série. |
Apesar de ter sido cancelada na terceira temporada, a série terminou com a história bem fechadinha, completando o arco dos personagens e ainda com um curioso final (opa spoiler) em que, na última cena, alguém encontra uma arma de fogo, o que cria toda uma nova perspectiva para o futuro daquele mundo que até então só tinha armas brancas. Deixar este assunto em aberto foi um bom final.
Por fim, para completar a beleza da série, temos o charme da Emily Beecham e da Sarah Bolger, para nossa alegria.
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