Sou um nerd tardio de Star Trek. Somente em 2019, nos meus trinta e tantos anos, é que me debrucei sobre a série original para maratoná-la (e escrevi algumas resenhas listadas abaixo). Aproveitando o embalo também vi a clássica série animada (aqui) e a recente Star Trek Discovery (aqui).
Lembro muito vagamente de ter visto na infância uma cena ou outra na televisão, mas na época nunca cheguei de fato a acompanhar qualquer série da franquia. A grande lembrança que tenho é de uma cena do filme de 1979, que devo ter visto quando tinha por volta dos dez anos: Kirk encontrava uma nave alienígena super evoluída e descobria que era a sonda Voyager VI, um produto humano. Por algum motivo esse momento ficou gravado em minha memória, mesmo que na época não tenha entendido nada do filme.
Agora, mesmo tendo assistido poucos meses depois da série original, pude experimentar a sensação de nostalgia ao reencontrar aqueles atores e personagens, uma década mais velhos, voltando a viver suas aventuras cósmicas.
Kirk de cara chama atenção por retornar com o rosto marcado pelo tempo, com umas charmosas ruguinhas, trocando a antiga cara de galã garotão para a de um galã maduro, mais sério. O clima todo do filme é mais sério, diferente das galhofas que faziam parte da clássica série.
Spock eremita. |
Spock gótico. |
Spock retorna ainda mais robótico e frio nas emoções, já que passou um tempo em um retiro vulcano destinado a aprimorar a sua racionalidade e reduzir as emoções. Continua sendo o mesmo Spock que não hesita em correr riscos, tanto que é ele quem viaja sozinho para o interior da misteriosa nave alienígena que se encaminha perigosamente para a Terra.
Essa nave é, de fato, a Voyager que em algum momento de sua jornada encontrou uma civilização de robôs que operou aprimoramentos nela. Agora, cheia de dados, a Super Voyager, chamada V-Ger, retorna à Terra com o fim de entregar os dados coletados ao seu criador.
Achei curiosa a semelhança entre essa estrutura numa estação espacial da Federação e o atual telescópio Webb. |
Esse é o plot-twist do filme. O que a princípio parecia ser uma ameaça cósmica, na verdade é uma máquina querendo cumprir seu propósito de vida que é coletar dados sobre o universo e reportá-los ao seu programador. É o puro sci-fi porn digno da franquia.
É interessante a diversidade étnica que a franquia Star Trek sempre fez questão de utilizar na nave, um conceito que dá verossimilhança e multiculturalismo à tripulação. |
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