O interessante no carnaval é que é uma festa cristã, tanto que é seguido pela quarta-feira de cinzas. A religião da castidade celebrando a orgia. É a dialética existencial, a união da tese e da antitese, o paradoxo da indulgência e a penitência, o caos humano. Não que isso seja invenção do cristianismo. A saturnália pagã fazia o mesmo. Toda sociedade tende a criar uma cultura com espectros que se contradizem porque a existência é intrinsecamente eivada de contradições que se retroalimentam.
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