Os contos Alice in Wonderland (1965) e Through the Looking-Glass (1871), de Lewis Carrol, estão entre os maiores clássicos da Literatura infantil. Sua fama se tornou ainda maior quando em 1951 a Disney lançou uma adaptação animada (resenha aqui). Ao longo do século XX, pouco mais de uma dúzia de filmes foram produzidos, mas somente no século XXI a Disney investiu em seu próprio live-action, lançado em 2010 com direção de Tim Burton.
Diferente da animação, que era uma narração fiel do conto de Carroll, este filme é uma continuação da obra original. De certa forma pode-se dizer que é uma sequência da Disney ao seu desenho de 1951. Agora Alice está com 19 anos e renuncia a um casamento para voltar a se aventurar no mundo mágico que conhecera na infância. Em 2016 foi a vez da agora adulta Alice voltar outra vez para o mundo surreal em Alice Through the Looking Glass (direção de James Bobin), quando viaja no tempo para salvar o amigo Chapeleiro Maluco.
O primeiro filme ganhou dois Oscars (Direção de arte e Figurino), teve um orçamento de 200 milhões e arrecadou 116 milhões na abertura, mas passou de 1 bilhão em seu lucro mundial. O segundo filme foi mais modesto, com orçamento de 176 milhões, arrecadando apenas 26 milhões na abertura e 300 milhões mundialmente e não levou nenhum Oscar.
Foi um projeto ambicioso, algo que esse grande clássico merecia. A produção caprichadíssima entregou dois filmes repletos de efeitos especiais, muitas cores e cenários ricos em detalhes. Também formaram um time de estrelas no elenco principal, com Johnny Depp, Anne Hathaway, Helena Carter e Mia Wasikowska como Alice.
A despeito de todos esses esforços, a recepção não foi à altura. Bom, fizeram um bilhão, mas a popularidade e a pontuação da crítica não foi tão expressiva se compararmos com os filmes da Marvel, também produzidos pela Disney, que acabaram ganhando mais o carinho e o dinheiro do público.
Nenhum comentário:
Postar um comentário