Samaritan (2022) é um longa de super-herói bem genérico. É tão genérico que o nome do vilão é Nêmesis. É uma produção modesta, feita diretamente para streaming, com pós produção e marketing mais baratos e sem intenção de lançamento no cinema. O orçamento de Samaritan foi de 50 milhões de dólares e destes uns 15-20 milhões foram o cachê do Stallone, a única estrela do filme.
"Eu vou pegar minha marreta!" |
O véio ainda é bom de briga. |
Stallone é realmente um cara incansável, fazendo jus à fibra do Rocky. Ele já é um velho de 76 anos, quase um octogenário, e eis que vemos ele trocando socos e chutes, dando marretadas e até correndo. O cara soube envelhecer.
Tirando, porém, a presença sempre marcante do Stallone, tem um detalhe que me chamou atenção neste longa. Na verdade, um monte de detalhes na composição do cenário.
A magia do cinema depende, de maneira geral, da contribuição de atores, diretores, roteiristas, compositores, figurinistas/maquiadores, câmera e a galera dos efeitos especiais. E também não podemos esquecer do cenógrafo, a pessoa ou pessoas responsáveis pelos cenários.
Pois bem, Samaritan mostra um caprichoso trabalho de cenografia. Sendo um filme barato e com pouquíssimo CGI, a ambientação é majoritariamente feita em cenários reais, nas ruas, becos e quitinetes da fictícia cidade de Granite City, baseada em uma graphic novel da Mythos Comics.
Esta cidade decadente tem uma vibe bem parecida com o filme Joker (2019), pois vemos a pobreza e recessão estampados nas ruas, há lixo em toda parte, metais enferrujados, tinturas descascadas, asfalto molhado. Estes detalhes não estão aí ao acaso.
Mesmo que a produção procure bairros suburbanos para fazer as gravações, o cenógrafo dará um toque especial, o que neste caso significa espalhar sacos de lixo nas ruas, escolher objetos degradados, carros velhos e quinquilharias para "adornar" o ambiente. Foi um trabalho bem detalhista e convincente, ainda mais para um filme de tão baixo orçamento.
Deixo a seguir alguns recortes do cenário para apreciação.
O cenógrafo depois de toda esta trabalheira. |
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