As pessoas têm opiniões bem diversificadas com respeito a política e à vida em sociedade, afinal, por mais que existam argumentos para fundamentar esta ou aquela opinião, a verdade é que existem muitos fatores subjetivos, inconscientes. As emoções, as sublimações psíquicas influenciam nossas escolhas e nossas opiniões.
Política, portanto, é um terreno caótico. Cada pessoa tem a sua própria história de desenvolvimento de opiniões. De toda forma, este caos acaba encontrando uma relativa ordem na formação de grupos, partidos, alinhamentos, ideologias.
Esta organização, esta divisão em grupos tem se tornado cada vez mais simplista, a ponto de, em muitos países, se resumir a três grandes grupos que por questões de conveniência costumam ser classificados em direita, centro e esquerda. E mesmo o chamado centro é forçado a se posicionar para um ou outro lado, restando, no panorama geral, apenas dois grupos.
Nos Estados Unidos já é bem famosa a rivalidade entre direita e esquerda, também conhecida com outros termos como conservadores e progressistas, nacionalistas e liberais, republicanos e democratas, etc. Esta polarização tem se tornado ainda mais intensa na era das redes sociais, a ponto de se formarem bolhas sociais. Cada vez mais, as pessoas parecem desenvolver laços apenas com gente de sua mesma bolha, evitando amizades e relacionamentos amorosos com os "adversários".
Purple Hearts (2022), dirigido por Elizabeth Allen Rosenbaum, tem uma proposta ousada: desenvolver um romance entre um conservador e uma progressista, a união de opostos. Daí o título, pois o purple é o resultado da mistura de azul e vermelho, cores que representam respectivamente os partidos democrata e republicano.
O filme não é nada de mais. É um romance genérico e tal e o casal nem tem um carisma do tipo que nos faça torcer por eles, mas o tema provocativo é um diferencial.
Hoje em dia, com a ajuda dos algoritmos, a produção cinematográfica está cada vez mais focada em agradar certos nichos. Há filmes mais conservadores e filmes mais progressistas e tem o Purple Hearts com essa incomum proposta de fazer com que os protagonistas, um conservador e uma progressista, resolvam suas diferenças e superem os rótulos que veem um no outro.
Palavras-chave:
Nenhum comentário:
Postar um comentário