Qaligrafia
Séries, livros, games, filmes e eteceteras 🧙‍♂️

Habemus Street Fighter 6

Street Fighter 6

Fiz parte da geração que cresceu com Street Fighter 2¹. Era a época das locadoras de cartuchos pros consoles da Nintendo e Sega e quem não tinha um console em casa, como eu, podia jogar ali mesmo na locadora. Era meu programa de fim de semana.

Assim, ao longo dos anos fui acompanhando nas locadoras os novos lançamentos. Além de SF 2, veio a versão Turbo, a série Alfa e também conheci algumas curiosas versões pirata, que modificavam o jogo, permitindo doideiras como o Ken disparando uma dúzia de hadoukens de uma vez só.

Aí cheguei à vida adulta, às muitas ocupações, e passei vários anos sem acompanhar a evolução da franquia, até que comprei meu primeiro PC com o inesquecível Windows XP e descobri os emuladores, onde pude jogar toda a variedade de versões do SF 2 até o 3. Também joguei bastante Marvel vs. Capcom e X-Men vs. Street Fighter, duas pérolas dos jogos de luta.

Luke and Popeye
Olha esses braços do Luke.

E acabei ficando por aí, na era 2D do Street Fighter. Quando Street Fighter migrou para um estilo 3D, em SF 4 e 5, não chamou minha atenção e nunca cheguei a jogar, todavia acompanhei eventualmente as notícias, vi algumas gameplays e reviews. A impressão que tive é que Street Fighter realmente tinha perdido o encanto e já não era tão popular como na sua era 2D.

Pois bem, parece que isto agora vai mudar. Street Fighter 6 aos poucos está sendo anunciado em trailers e breves gameplays e já é visível o hype que está produzindo. O jogo está belo, com cenários ricos e coloridos; os personagens estão com uma ótima aparência, mais envelhecidos, o que continua a evolução do lore; há uma sensação de peso bem verossímil nos movimentos dos personagens. 

Sobre o design dos personagens, o Ryu de barba ficou bem legal, mais sério, enfatizando seu jeito de ser, sempre focado na luta. O Ken está com uma aparência mais largada, o que gerou até memes e especulações de que ele teria se divorciado de sua grande parceira Eliza. É o Ken na fossa, o Ken na crise de divórcio.

Chun-Li; Street Fighter 6

E a Chun-Li, posso dizer que esta é a mais bela Chun-Li de toda a franquia, o que se deve, obviamente, à evolução da tecnologia de modelagem 3D. Além de bela, ela também tem um chamativo detalhe que apela para uma tendência de beleza atual: as coxas grossas, beeem grossas.

Existe uma semiótica na aparência dos personagens de Street Fighter a fim de explicitar suas habilidades. No caso da Chun-Li, as pernas grossas mostram que ela é essencialmente uma lutadora de chutes. Naturalmente, esta aparência acaba sendo também sensual. 

Inner Workings (2016)

Elastigirl

Coxas grossas ou quadris largos (muitas vezes contrastando com uma cintura fina) são uma tendência estética atualmente e há até uma gíria para isto: thicc. Até a Disney se rendeu à thiccness, como vemos na Elastigirl. Pois bem, Chun-Li ainda vai dar muito o que falar com suas formidáveis coxas.

Há algumas features que mostram como a intenção do jogo é se tornar competitivo e atraente de assistir em gameplays, lives e campeonatos. SF 6 parece ter uma enorme variedade de mecânicas, o que vai tornar a estratégia de cada jogador mais imprevisível e portanto mais interessante de jogar e também de assistir.

Luke vs Ryu; Street Fighter 6
Momento da encarada no início de uma partida.

Chun-Li vs Luke; Street Fighter 6

No início de cada partida temos uma breve apresentação dos personagens, cada qual com uma linguagem corporal que combina com sua personalidade, aí há um close nos rostos de ambos e neste momento os jogadores podem performar expressões faciais, fazer caras e bocas de provocação. É um recurso que dá um toque divertido à competição e que mostra como a Capcom caprichou nos mínimos detalhes do jogo.

Pela primeira vez em anos senti meu interesse por Street Fighter retornar.

Notas:


Palavras-chave:

Nenhum comentário:

Postar um comentário