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Juno Temple acha um pote mágico de dinheiro em The Brass Teapot

The Brass Teapot (2012)

No conto O Mandarim (1880), de Eça de Queiroz, temos a história de um homem que recebe do Diabo uma proposta indecente: ele ficaria instantaneamente rico se tocasse em uma campainha mágica, mas em troca um mandarim em algum lugar na China morreria.

É um dilema ético bem simples: você seria capaz de prejudicar outras pessoas em troca de riqueza? No filme The box (2009)¹, temos uma versão parecida em que aliens oferecem uma caixa com um botão a um casal e eles só precisam apertar o botão para enriquecerem, mas à custa da vida de uma pessoa aleatória no mundo.

Agora em The Brass Teapot (2012) a ideia é um pouquinho diferente a princípio. Um casal descobre um bule misterioso que produz notas de dólar cada vez que eles se machucam. Assim, no começo eles passam a se machucar intencionalmente e a coisa é até divertida, mesmo porque a recompensa da dor é uma fortuna fácil (algo parecido com os youtubers que se submetem a brincadeiras malucas e até perigosas em troca de visualizações e, consequentemente, fortuna).

Eles vão experimentando diversas maneiras de ativar o bule mágico e até descobrem que ele funciona também quando as pessoas se machucam apenas emocionalmente, de modo que o casal começa a fazer um jogo de dizer verdades na cara um do outro, a ponto de se sentirem emocionalmente feridos, o que realmente faz o bule funcionar.

Eles chegam até um ponto em que pensam em matar pessoas, mas só criminosos, pessoas que supostamente merecem. Assim, enquanto atuam como justiceiros, ainda ganham uma grana. Só que se dão conta de que chegaram a um limite perigoso e finalmente admitem que este objeto mágico os estava corrompendo e desumanizando e era hora de se desfazer.

Este filme é um daqueles casos em que falta criatividade na tradução do título para o português, pois ficou como Loucos por Dinheiro, a mesma tradução do filme Free Money (1998).

Juno Temple; The Brass Teapot (2012)

Notas:

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