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A verdadeira identidade de Shakespeare em Anonymous

Anonymous (2011)

Este filme gerou até protestos e polêmicas porque explora a ideia de Shakespeare não ter sido Shakespeare. Mas ora, isto não é uma novidade. Desde o século XVIII que a identidade do grande dramaturgo é questionada. 

Segundo estas teorias, Shakespeare seria um pseudônimo ou um autor de fachada que escondia o verdadeiro autor que pode ter sido, por exemplo, Francis Bacon, Christopher Marlowe ou William Stanley. No filme, o autor será o Conde de Oxford Edward de Vere. Entre autores renomados que defenderam essa posição, temos  Mark Twain, Orson Wells e Charlie Chaplin.

Um homem chamado Shakespeare de Stratford realmente existiu. Ele era ator e comerciante. A grande questão está justamente no fato de não ser comum um não-nobre do século XVI ter um nível cultural tão elevado quanto o do autor que assina como Shakespeare.

As peças de Shakespeare revelam intimidade com a língua latina, com a cultura greco-romana, com política e história e um impressionante vocabulário com até 29 mil palavras diferentes. Para se ter uma ideia, a tradução da Bíblia para o inglês conhecida como King James tem apenas 6 mil palavras diferentes e é considerada um trabalho de eruditos.

Desta forma, suspeitou-se que as obras assinadas pelo comerciante Shakespeare eram escritas por um ou mais escritores-fantasma. No filme, explica-se que o Conde Edward preferia se manter anônimo para não sofrer represália da nobreza, já que suas peças continham conteúdo de crítica à corte. Sendo assim, ele contratou o ator Shakespeare, um homem semialfabetizado, para que assumisse a autoria das peças.

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