Top Gun original, de 1986, não é exatamente um grande filme. É um típico "filme Sessão da Tarde", com ação e aventura sem se importar em ganhar Oscar, apenas visando o entretenimento. No IMDb ele tem a pontuação entre 6 e 7, uma avaliação mediana.
É inegável, todavia, que Top Gun marcou uma geração, é um ícone entre os filmes de temática militar/aeronáutica e de tal forma virou parte da cultura pop que até mesmo popularizou o visual "piloto de Ray Ban".
Eis que quase quatro décadas depois, surge uma inesperada sequência, Top Gun: Maverick (2022), com o retorno do excêntrico piloto Maverick, interpretado pelo Tom Cruise. Bem que poderia ser apenas um fan service para os nostálgicos, mas foi mais do que isto. Trata-se de uma obra atemporal e que, assim como John Wick, faz parte da renascença do gênero de ação.
Tudo deu certo em Top Gun: Maverick. O elenco trabalhou muito bem, dos veteranos aos jovens; a fotografia é de qualidade; as cenas de voo mais ainda, pois foram feitas com aviões reais, voando de verdade no céu, sem tela verde. O bom e velho efeito prático. Isto com certeza é um diferencial hoje em dia com tanto CGI nos filmes.
Além disso, ele consegue ser mais do que um filme de ação, pois desenvolve uma tocante relação entre Maverick e o jovem piloto Rooster, filho de Goose, que fora o melhor amigo de Maverick, mas morreu durante uma missão. A relação entre Maverick e Rooster começa tensa, mas acaba se tornando uma jornada de redenção, com uma satisfatória catarse.
Os nostálgicos do filme de 1986 são agraciados com o devido fan service em Top Gun: Maverick, mas este último pode tranquilamente ser assistido por pessoas de qualquer geração que nunca viram o original. Apesar de ser uma sequência, ele forma uma história completa em si e que não ficará datada, pois não pretende se dirigir a uma geração específica. Top Gun: Maverick é atemporal.
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