Não existe o nascer de novo,
muito menos o começar do zero.
Nunca somos os mesmos, sempre em outro
nos tornamos, num perpétuo processo.
A mudança é a única constante
que persiste em todo universo
e consiste em transformar o antes
em depois, às vezes vice-versa.
Nada é feito do nada, todo ente
de outro ente foi também derivado.
E fadados estamos a isto, lembre-se:
para sempre metamorfosearmo-nos.
Há em nós, na matéria e consciência,
um caótico caldo de componentes.
Somos uma mistura de elementos.
Somos vento em constante movimento.
Não, não há como começar do zero,
mas há sim como renovar o velho.
Nos entulhos do passado você pode
construir novas formas, novos moldes.
(20,07,2022)
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