No filme Jaws (1975), Steven Spielberg lançou e consagrou uma nova categoria de terror: os filmes de tubarão. Foi uma obra marcante e influente, não só para filmes com tubarões, mas envolvendo o medo de feras gigantes em geral, como a anaconda e o crocodilo. Apesar de ser terror, Jaws tem um certo ar zoeiro, uma pista de como este gênero deve ser tratado.
O terror das feras em filmes é mais um exemplo da vasta influência de Júlio Verne no cinema, pois já no Vinte Mil Léguas Submarinas (1870) ele abordava em alguns momentos a existência de criaturas marinhas enormes e mortais, como o polvo gigante que atacou o submarino Nautilus.
The Meg (2018) faz obviamente uma homenagem ao clássico, escalando o perigo para outro nível, pois agora temos um tubarão pré-histórico abissal gigantesco, o megalodonte, encontrado na Fossa das Marianas. Diferente do filme do Spielberg, desta vez há um brucutu para enfrentar o monstro num mano a mano, o Jason Statham.
O resultado é um filme Sessão da Tarde de ação que não é nem ótimo nem péssimo, é ok. O cinquentão Statham mostrou que está em plena forma física e o Rainn Wilson (o Dwight de The Office) é o capitalista malvadão que no fim vira comida de tubarão. Muita gente é devorada ao longo do filme, mas faltou uma abordagem mais gore, mais assustadora destas cenas.
Enfim, The Meg é mais uma entrte tantas homenagens a Jaws. A verdade é que nenhuma homenagem ao gênero consegue superar a franquia Sharknado, esta sim captou o espírito zueiro do terror de tubarões.
Sheipaaado! |
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