Como um vampiro que se preze, sou um adepto da luz baixa, de manter o mínimo de iluminação possível no ambiente. De noite então, gosto do escurinho iluminado apenas pelas telas da TV, do PC, do Kindle, etc. O único problema é digitar desse escurinho, então finalmente adotei um teclado com LED.
Já usei muitos teclados nessa vida. Os primeiros que usei, há uns vinte anos, eram da época do saudoso PC bege claro, teclados sem marca específica e que simplesmente vinham junto do PC que a gente comprava. Com o tempo fui me tornando mais exigente, principalmente por causa da misofonia que me fez procurar teclados mais silenciosos, que fazem menos tec-tec.
Um dos primeiros experimentos que fiz foi com um teclado flexível. Ele é exatamente isto, literalmente flexível, montado em uma capa de borracha que pode ser enrolada como um pergaminho. É o mais silencioso de todos, mas por outro lado as teclas são muito duras e não é nada prático digitar nesse troço. Logo larguei.
Então experimentei o mini teclado TC154¹, mas não gostei do layout das teclas. Depois veio o TC142², que me satisfez por um tempo. Depois veio o KB M60BK³, com teclas côncavas, algo que nunca experimentei antes. Não gostei nada deste teclado e acabei voltando pro anterior, mesmo já estando desgastado.
Enfim pela primeira vez adotei um teclado sem fio, o MK295⁴ da Logi, que vem com um mouse também sem fio. Ambos são bem silenciosos. O mouse a princípio não era tão silencioso quanto outro que eu já vinha usando, o M110s⁵, mas curiosamente com o tempo os botões foram de fato ficando mais silenciosos.
Eu já havia resolvido o problema do ruído, mas ainda restava outro probleminha: digitar no escuro. A luz do monitor de fato ilumina o teclado se a tela for majoritariamente branca, mas há ocasiões em que a tela fica mais escura e acabo digitando mais devagar por ter que ficar achando as teclas. Era a vez de dar uma chance ao LED.
Não me importo com essa coisa de setup gamer RGB, com a estética gamer. Só me importa a funcionalidade, desempenho, custo-benefício, etc. Inclusive comprei um gabinete novo e o único critério era que fosse mais espaçoso que o anterior, de modo a distribuir melhor as peças e ser melhor ventilado. Ele veio com um LED frontal, mas sequer liguei os fios.
No caso do teclado, o LED realmente tem uma utilidade. Trata-se de um Vinik VX Hydra. Pela primeira vez em duas décadas como usuário de PC, estou usando um teclado com LED. E creio que é algo que não vou mais largar enquanto for preciso usar teclado nesta vida (teclados vão acabar algum dia, seja com a popularização de teclados virtuais no metaverso ou com a "digitação telepática" por meio de dispositivos como o Neuralink⁶.
No caso, ele veio com um LED azul que pode ser ligado e desligado na tecla Scroll Lock e só ligo à noite mesmo. Então a magia acontece. As letras vazadas nas teclas ficam iluminadas por baixo, bastante destacadas no escuro. De bônus, este teclado, mesmo tendo teclas semi mecânicas, não produz muito ruído, de modo a não incomodar minha misofonia.
Notas:
6. Vale lembrar que estes dias o Elon Musk anunciou o memorável fato de que pela primeira vez implantaram o Neuralink em um humano.
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